segunda-feira, 5 de junho de 2017

alucinação plena ╔



E eu estava soprando pra minha esquerda
Conforme era instruído
E quando as palavras vieram
Seu rosto apareceu como um clarão
Sem razão
E eu não pedi pra entender
Guardei pra mim, que fosse o que tinha que ser
E até o fim
Das noites
Eu olhava um pouco
Sem me perguntar
Só queria olhar e acreditar
Que isso fosse fazer sentido
Que meu coração não estivesse mentindo
E você veio a mim
Enfim, por causa de uma xícara de chá
E eu deixei pra lá, a indecisão de me perguntar
E deixei pra lá, deixei me levar
Me deixei mergulhar no seu sorriso
E no jeito que corria
E sempre esperando seu riso
Até que você ia
E eu me arrependia
Mais uma vez, de não ter lhe tomado
Te segurado nos meus braços
E rasgado
Todo resquício de medo ou dúvida
Mas são coisas da vida
Como a neblina que cobre a vegetação pela manhã
Que se vai no instante que o sol lhe tocar
Como a rosa que perde a vida no instante que lhe cortar
Como uma ferida que marca a pele
Sangra e arde
Mas em algum tempo não há mais alarde
Apenas uma cicatriz
Uma imagem
Um sorrido
pra eu guardar

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