Há um intenso aperto
No meu peito
Não me deixa gritar
De nenhum jeito
Me faz tossir
Apertando-me as costelas
A dor de todas elas
Que eu vi passar
E vi voltar
Na minha lucidez imaginária
Que me faz questionar
Se essa gente é otária
Por se preocupar
Com a carga horária
E ter medo de amar
Ou se sou eu
Que estou a delirar
Imerso no agora
Em outro pensamento
E o presente passa lento
Até a flor desabrochar
A vida é curta
Curta demais
Pra levar devagar
O fundo é imenso
Pra não querer mergulhar
Mas todo mundo
Para
Por medo de se afogar
E eu já estou sem ar
O aperto é intenso
O fundo é imenso
E eu não sei nadar
Nenhum comentário:
Postar um comentário